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Relatório Mundial da Felicidade

Por: Michele Lins Aracaty e Silva

Economista, Doutora em Desenvolvimento Regional, Docente do Departamento de Economia da UFAM, ex-vice-presidente do CORECON-AM.

Economia Regenerativa

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A economia regenerativa constitui num sistema que tem o propósito de substituir a lógica linear de exploração de matérias-primas, produção e consumo, por uma lógica circular que se preocupa com processo de busca por matérias-primas, produção, consumo, reutilização, reaproveitamento, reciclagem e descarte final do produto.

Está sendo analisada por estudiosos como um grande desafio pois tenta valorar os recursos socioambientais que não costumam ser precificados: qual o valor monetário de uma forma, cor, espécie, cultura ou serviço sistêmico?

A economia regenerativa é pautada em oito princípios fundamentais: relacionamento correto e colaborativo; riqueza holística; inovação, adaptação e sensibilidade; participação empoderada; honra, comunidade e local; abundância de efeito borda, fluxo circular robusto e equilíbrio.

A regeneração do ecossistema é fundamental e só acontece quando damos condições à área de se recuperar, para o que antes havia sido plantado volte a brotar e o espaço possa exercer novamente sua função ambiental.

O processo oportuniza a tomada de decisões que atendam aos anseios das pessoas sem degenerar os sistemas naturais, com orientação a longo prazo, com o objetivo de combater desigualdades sociais, conservar a biodiversidade e nos levar a um caminho mais promissor.

Além disso, são propícias a gerarem riqueza com foco na sustentabilidade ambiental, social, econômica e capacidade cultural por meio da criação de recursos, diversidade e resiliência em todos os níveis de sociedade.

De uma forma complementar, o conceito de economia regenerativa está relacionado com outros termos como: economia verde, economia circular, economia donut, negócios de impacto, negócios socioambientais, capitalismo consciente e ESG (Environmental, Social and Governance).

As sociedades regenerativas precisam aceitar o ciclo contínuo e se tornar essencial para sustentar a vida no mundo natural. Tal desafio deve ser cumprido por todos: empresas, governos, instituições financeiras e formuladores de políticas de forma a almejarmos redes saudáveis.

Por fim, a economia regenerativa é mais do que cuidar pois constitui numa proposta para recuperar os danos ambientais causados pela atividade econômica e pela humanidade que desde a revolução industrial pressionam e impactam o meio ambiente.


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