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Economia das Mudanças Climáticas

Por: Michele Lins Aracaty e Silva

Economista, Doutora em Desenvolvimento Regional, Docente do Departamento de Economia da UFAM, ex-vice-presidente do CORECON-AM.

Economia Comportamental

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A Economia Comportamental surgiu em meados da década de 1950, com o intuito de unir as descobertas da psicologia com a economia, tinha o propósito de criar modelos que descrevessem de maneira mais realista as escolhas dos indivíduos.


A Economia Comportamental tem como foco o estudo do comportamento humano e suas decisões de consumo, sejam aquisições cotidianas ou em ocasiões com valores mais altos. Seu embasamento busca respostas relacionando a economia com outras áreas, tais como: ciências sociais, neurociências e a psicologia.


A EC vem contrapor a visão da economia tradicional que foca no “homo economicus’ que é descrito como um tomador de decisão racional, ponderado, centrado no interesse pessoal e com capacidade ilimitada de processar informações. Nessa nova abordagem, os estudiosos afirmam que os indivíduos tomam decisões com base em hábitos, experiência pessoal e regras práticas simplificadas.


Os economistas comportamentais buscam entender e modelar as decisões individuais e dos mercados a partir dessa visão alternativa a respeito das pessoas devidamente incorporadas aos modelos.


Com base na união destes conhecimentos sabe-se que os indivíduos fazem escolhas, mas de forma inconsciente. Assim, a Economia Comportamental contribui para o convencimento do consumidor por meio de estímulos que o levem a agir de um determinado modo.


Através deste conhecimento, as empresas podem e realizam ações que modelam o comportamento de compra do seu público com foco em melhores resultados, contribuindo para alavancar suas vendas. Um dos exemplos mais eficazes é o uso da palavra “grátis” ou do termo “por tempo limitado”.


Dessa forma, a Economia Comportamental constitui numa vertente da Ciência Econômica que analisa a influência de fatores cognitivos, emocionais, culturais, sociais e psicológicos nas decisões econômicas das pessoas.


Academicamente falando, em três oportunidades, sendo em: 1978, 2002 e 2013, cientistas e estudiosos ligados à Economia Comportamental foram reconhecidos com o Prêmio Nobel em Economia.


Em 1978, Herbert Simon, Ph.D. em Ciências Políticas, recebeu o Prêmio Nobel, pelo seu trabalho sobre racionalidade limitada. Posteriormente, a exploração das consequências da racionalidade limitada constituiu a base das pesquisas de Daniel Kahneman, Ph.D. em Psicologia, Prêmio Nobel de Economia em 2002 (com a contribuição do também psicólogo, Amos Tversky).


Já em 2013, o Prêmio foi concedido a três economistas norte-americanos: Eugene F. Fama, Lars Peter Hansen, da Universidade de Chicago, e Robert J. Shiller, da Universidade de Yale, pelo pioneiro trabalho sobre as análises empíricas dos preços de ativos” identificando tendências nos mercados financeiros.


Por fim, cabe a contribuição da EC para as empresas de forma a entender a conexão entre o comportamento e a decisão de compra por parte dos consumidores. A partir do momento em que estas empresas conhecem melhor o perfil dos seus clientes podem criar uma melhor interação e ações de marketing com esse público-alvo melhorando a performance de suas vendas bem como os seus lucros.

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