O dia 19 de novembro foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o dia mundial do empreendedorismo feminino e objetiva reconhecer e celebrar as mulheres empreendedoras em todos os países do mundo.
Desde 2014, a data tem inspirado mulheres e serve para homenagearmos as conquistas, a inovação e a resiliência delas que lideram negócios e contribuem para o desenvolvimento econômico de suas comunidades. Além disso, a data chama a atenção do mundo para a necessidade de ampliação de oportunidades para mulheres em todas as áreas de atuação.
Nos últimos anos, o número de negócios com mais de 3,5 anos aumentou no Brasil o que demonstra que parte dos brasileiros que empreenderam por qualquer motivo durante a pandemia conseguiram sobreviver e ampliaram o seu negócio.
De acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor 2022, realizado pelo Sebrae e Anegepe (Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas), o Brasil apresentou em 2022 uma taxa de empreendedorismo de 30,3%.
Um dos destaques da pesquisa é o aumento da escolaridade dos empreendedores iniciais. Os números apresentados apontam que 28,5% dos empreendedores apresentam formação superior completa e 47,1% do universo pesquisado possuíam no mínimo o ensino médio completo com destaque para elas, as empreendedoras.
As empreendedoras ou donas de negócio além de terem escolaridade 16% maior que a dos homens possuem idade em torno de 40 a 43 anos. Além disso, apresentam taxas de inadimplência mais baixas (3,7% para elas e de 4,2% para eles).
De acordo com o estudo Global Entrepreneurship Monitor 2021, o Brasil está entre os 10 países com o maior número de empreendedoras no mundo e mais da metade das brasileiras empreende no segmento de comércio de bens e serviços.
Define-se empreendedorismo feminino os negócios idealizados ou administrados por mulheres envolvendo tanto os empreendimentos fundados por elas como também os que tem mulheres em cargos de liderança ou na hierarquia das organizações.
Entre as principais vantagens do empreendedorismo feminino para a sociedade temos: contribui para a diminuição da desigualdade de gênero, estimula o crescimento econômico e oportuniza a independência financeira.
Sabemos que cada negócio é único e que não existe uma fórmula mágica ou caixa pronta, o que temos como convicção é que para alcançar o sucesso no empreendedorismo faz-se imprescindível: observar o mercado, realizar o planejamento, investir em capacitação, fazer networking e buscar linhas de crédito adequadas.
Por fim, de acordo com o SEBRAE: “quando uma mulher empreende, ela reinveste em sua família o que contribui para o avanço de toda a sociedade!
MICHELE LINS ARACATY E SILVA, Economista, Doutora em Desenvolvimento Regional, Docente do Departamento de Economia da UFAM, ex-vice-presidente do CORECON-AM.