Colunista
Transplante no Amazonas - Parte 03

Por: Fabiano Affonso

professor, engenheiro agrônomo, pós graduado em comunicação e metodologia da extensão rural, especialista em projetos de reforma agrária e especialista em política e estratégia, autor da cartilha “Latifúndio na Amazônia”.

Desmistificando um mito: Fundo Amazônia

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Ultimamente os globalistas (preservacionistas) têm vendido as ideias de salvação da Amazônia em dois cestos: o primeiro venda de Carbono. Tenho uma vida de atuação no setor e desconheço um projeto que tenha saído do papel e esteja em execução. O segundo é o Fundo Amazônia. Nada contra nenhum dos dois porém sendo técnico e prático o Fundo até a presente data não cumpriu a teoria de sua criação em 2008. O mesmo foi criado com sede na Cidade Maravilhosa e pendurado no BNDES. O mais estranho foi a criação de um organismo próprio (empreguismo) com a abreviatura COFA – Comitê Orientador do Fundo Amazônia, com poderes deliberativos de uma grande fortuna de R$3.124.330.736,83 (três bilhões, cento e vinte quatro milhões, trezentos e trinta mil setecentos e trinta e seis reais e oitenta e três centavos) e, infelizmente, com uma composição questionável.


Sendo doadores a Noruega com R$2.914.355.261,78,Alemanha com R$192.690.386,00 e uma multa da Petrobrás de R$17.285.079,13. OTCU e AGU fecharam os olhos para um desvio de finalidade, pois o COFA analisou e aprovou para Estados que não compõem a Amazônia, sendo Ceará R$ 24.583.420,70, Bahia R$ 31.671.000, Espírito Santo R$ 13.889.440,00, Paraná R$ 14.110.253,86.A Geografia mudou e os estados passaram a fazer parte da Amazônia.


O Fundo realizou 24 regiões executivas, a primeira em 24 de outubro de 2008 e a última em 04 de junho de 2018.Para nossa decepção, nas dez primeiras reuniões o Estado do Amazonas faltou em cinco e nas que foi, os representantes entraram calados e assim saíram.


O pleito do estado foi dar entrada e defender recursos ao Poder Público da sede da SEMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e para o setor primário. Onde passou o boi passou a boiada aprovando CAR – Cadastro Ambiental Rural para o IDAM.


Como podemos constatar, a regularização fundiária não faz parte da Política do Estado do Amazonas sendo a Regularização Fundiária um dos objetos financiados pelo Fundo, em verdade nas 24 reuniões aplicaram R$1.859.760.007,62 com 76 entidades.

Atentar para os números 20, 26, 39 e 40, respectivamente, Bahia, Ceará, Paraná e Espírito Santo.


Sendo que anos passados e temos somente 13,00% prestado contas.

No Estado do Amazonas o dono da ONG FAS deitou e rolou em um convênio de R$ 50.626.037,89, até a pobre da Ancestral das ONGs a WWF abiscoitou R$ 3.205.943,00.

Fonte: https://www.fundoamazonia.gov.br


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