O desenvolvimento endógeno é definido como uma forma específica de desenvolvimento econômico que se sustenta a partir da mobilização de recursos do próprio local ou território.
Os principais teóricos do desenvolvimento endógeno afirmam que este opõe-se ao já consagrado modelo de desenvolvimento exógeno que se baseia em investimentos externos (ou oriundas de outros estados ou regiões).
O modelo endógeno, se bem implementado, possibilita elevação de produtividade, competitividade, distribuição de renda e impacto ambiental reduzido.
Ademais, a endogeneidade deve incorporar e valorizar os seguintes fatores de produção: capital humano, ciência e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, conhecimento e informação, instituições e meio ambiente. A combinação destes fatores de produção contribuem para acionar o núcleo criador e criativo da sociedade.
A teoria do desenvolvimento regional endógeno surgiu para contrapor os modelos clássicos de crescimento e visa a identificação de potencialidades regionais que possam alavancar o desenvolvimento local.
Assim, a teoria endógena considera que o desenvolvimento está relacionado à utilização, execução e valorização de recursos disponíveis no local onde as ações serão implementadas.
Além dos recursos disponíveis se faz necessária a introdução de inovações que contribuam para a alavancagem econômica, para a criação de riqueza e melhoria do bem-estar social e econômico.
O desenvolvimento endógeno impulsiona a ampliação do emprego, do produto e da renda do local ou da região, seguindo um processo que vem de dentro pra fora e de baixo para cima: alocação de recursos, política econômica e ativação social.
Neste cenário, as pequenas empresas e/ ou pequenos empreendimentos são os responsáveis por atividades relevantes na economia contribuindo para o surgimento e fortalecimento de aglomerações de empresas responsáveis pela fabricação de produtos semelhantes e com a identidade regional.
Dessa forma, afirmamos que o modelo de desenvolvimento endógeno é a estratégia mais assertiva para alavancar a economia de forma sustentável em regiões com baixa expressividade econômica e com predominância de população em situação de vulnerabilidade.
Por fim, devemos lembrar que é através da articulação de atores locais que se consegue viabilizar estratégias e projetos regionais integrados de forma sustentável e com valorização da identidade e cultura regionais.
