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“A humanidade abriu as portas do inferno” com a crise climática

Por: Michele Lins Aracaty e Silva

Economista, Doutora em Desenvolvimento Regional, Docente do Departamento de Economia da UFAM, ex-vice-presidente do CORECON-AM.

Desafios do Custo Amazônico

empreendedorismo

A região amazônica é única e exclusiva dada as suas peculiaridades como a fauna e flora exclusivas, sua extensão territorial e importância hidrográfica. Constitui numa região de grandes desafios logísticos e infraestruturais que contribuem para afugentar o empreendedorismo regional, adiando os investimentos bem como as oportunidades de geração de emprego e renda locais.

O empreendedorismo é apontado como uma variável relevante para a realização de mudanças, gerando oportunidades para investir recursos, competências, criação de negócios, emprego e renda que constituem fatores capazes de fornecer transformações socioeconômicas positivas para a região.

Estima-se que setenta por cento dos brasileiros sonham em empreender. No entanto, é preciso conhecer o cenário em que se irá empreender e quais variáveis poderão impactar na prosperidade do negócio.

Um dos obstáculos para o empreendedorismo no Brasil é o fator Custo Brasil, expressão utilizada para se referir ao conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas que travam o desenvolvimento do país e contribuem negativamente para o ambiente de negócios ao afastar o empreendedor estrangeiro e desestimular o empreendedor nacional.

Acerca do Custo Brasil, o empreendedorismo praticado na região amazônica enfrenta outros grandes entraves, aqui denominado de Custo Amazônico que vão deste os desafios com acesso às tecnologias (internet), energia elétrica, infraestrutura de estradas e vicinais, clima, distância, esvaziamento populacional, capital humano, transportes de pessoas e cargas, incidentes ligados ao desmatamento, falta de segurança, conflitos ambientais, políticos e econômicos.

Neste cenário tão desfavorável ao empreendedorismo nos embasamos na hipótese de que os entraves logísticos e infraestruturais desencorajam o empreendedorismo amazônico e dificultam a geração de emprego e renda regionais.

Levando-se em consideração todas as variáveis que compõem o Custo Brasil somadas ao Custo Amazônico, observa-se uma menor perspectiva de encontrar empreendedores dispostos a enfrentarem os desafios peculiares regionais. Como consequência, encontramos uma região com menor desenvolvimento socioeconômico do país e a situação se agrava se tomarmos como referência os municípios do interior da Amazônia.

Por fim, reiteramos a importância do empreendedorismo para o crescimento e desenvolvimento da Amazônia pautado na preservação e fortalecimento da economia local e regional, contribuindo para geração de emprego e renda e como proposta impulsionadora do investimento público e privado. Dessa forma, cabe a todos nós amazônidas a busca por alternativas para reduzir o peso do Custo Amazônico e destravar de vez o investimento na região.

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do ÚNICO

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