Deputado visitou os rios Curuçá e Autaz Mirim onde as pontes desabaram
“Prejuízo alcança desde o transporte escolar às ambulâncias”, diz ele
O deputado Comandante Dan (PSC) fez uma vistoria nos trechos dos rios Curuçá e Autaz Mirim, onde desabaram duas pontes na BR-319 no final do ano passado e constatou que tanto a recuperação quanto a travessia ainda são problemáticas nesses locais. “Em ambos os rios, a responsabilidade é federal, por se tratar de uma rodovia federal. Mas nós não podemos cruzar os braços diante do sofrimento do povo, por isso estamos aqui”, disse ele.
Ritmo lento
Segundo Dan Câmara, no rio Curuçá a obra, de responsabilidade da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), já foi iniciada, mas o ritmo é muito lento. Ele apontou que o Ministério Público Federal (MPF) também está movendo ação cobrando agilidade na recuperação das pontes e já realizou a primeira audiência. No local há uma placa de obra anunciando a inauguração para outubro, mas nas palavras do deputado a entrega é “praticamente impossível”.
Travessia precária
Além da recuperação lenta das pontes, Dan Câmara confirmou que o serviço de travessia nas balsas que operam no rio Autaz Mirim continua “crítico”. Ele disse que a travessia é realizada por uma balsa pequena em relação à grande demanda de veículos, a população se queixa da morosidade e da precariedade do serviço, que vez por outra chega a ser paralisado por problemas no equipamento.
“O prejuízo alcança a todos, infelizmente, desde o transporte escolar às ambulâncias, principalmente nas cidades de Autazes, Careiro, Careiro da Várzea, Manaquiri e Nova Olinda, somando mais de 140 mil pessoas diretamente atingidas; me pergunto se essas pontes fossem no sudeste ou no sul do País, se estaríamos submetidos a essa morosidade e descaso”, destacou Dan Câmara.
Ramais X Produção Rural
Dan Câmara também esteve nas regiões de cultivo da agricultura familiar e visitou os ramais Caoé, do Cobra, Nova Aliança 4 e Santa Luzia. Vários dos ramais estão em processo de terraplanagem ou pavimentação, menos o ramal de Santa Luzia, que dá acesso a uma escola pública estadual e duas escolas públicas municipais, reunindo mais de 700 crianças e adolescentes. Nesse ramal, os alunos precisam descer do ônibus e andar na lama, no período da cheia. “Uma possível solução é fazer com que o nível do ramal supere o nível do rio; vamos levar esse pleito e estamos certos de contar com a sensibilidade do governador Wilson Lima e do secretário Carlos Henrique Lima, de obras”, finalizou.