Comissão também quer ouvir o BNDES sobre o Fundo Amazônia
Presidente da CPI ressalta que ONGs investigadas ‘não têm nada de boazinhas’
Valéria Costa
Correspondente
Brasília (ÚNICO) – Diante de denúncias da presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, Helda Castro, nesta terça-feira (22) na CPI das ONGs, no Senado, o colegiado aprovou requerimento que convida o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, para prestar informações sobre o Censo 2022.
Helda disse que o resultado do Censo indígena foi manipulado mostrando um aumento significativo da população indígena do Amazonas e de regiões com riquezas minerais, como o município de Autazes.
Segundo ela, essa manipulação foi feita com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e de órgãos brasileiros a serviço de ONGs ambientais, que transformou mestiços em indígenas para sustentar o discurso de demarcação de terras indígenas.
De acordo com o resultado do Censo 2022, divulgado no início deste mês, o Estado do Amazonas concentra 28,98% da população indígena do país, o equivalente a 1.693.535 indígenas mapeados pelo Censo.
Prestação de contas
Na sessão de hoje da CPI, o colegiado aprovou requerimento que convida o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para prestar informações sobre o Fundo Amazônia.
“A nossa luta é essa: escancarar ao Brasil e abrir essa caixa-preta e mostrar que essas ONGs, que estamos investigando, não têm nada de boazinhas. São todas más do momento em que manipulam”, disse o presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB).