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O Reino das Narrativas

Por: Walmir de Albuquerque Barbosa

Professor Emérito da UFAM; Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo(USP); Graduado em Jornalismo pela UFAM.

Convenhamos,… assim não dá!

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Coisa maluca, tudo de ponta-cabeça e muita gente feito hiena rindo enquanto o circo pega fogo. Procura-se alento, dificilmente o encontramos, pois os atores que movem o mundo estão empenhados na derrota das iniciativas que possam melhorar o “astral”. Apostam na guerra como coisa certa. Em guerras diferentes. A guerra na Ucrânia tem custado vidas, exílio e destruição do patrimônio material do país invadido pela Rússia; é uma guerra no estilo de suas antecessoras, entre forças que disputam a hegemonia do poder mundial, utilizando-se de um povo ou causa como pretexto; e no fundo, quando não mais interessa brigar, fazem uma nova partilha desse mundo entre si. Não falo das barricadas na França, visto que lá é assim desde a Revolução Francesa e, neste momento, eles têm um argumento forte, a reforma previdenciária, que promete suprimir conquistas da sua aguerrida classe operária, apesar das desarticulações recentes dos grandes sindicatos. Não quero falar da Guerra no Sudão, mesmo sabendo da destruição de todas as esperanças dos povos  condicionados ao abjeto rescaldo do colonialismo, que deixou nações diferentes em luta entre si, dentro de um mesmo país, chafurdados na barbárie do autoritarismo. Não falo especificamente da guerra do crime organizado de drogas ilícitas e outras coisas mais, que instrumentaliza os subalternos nas periferias das grandes metrópoles do mundo e se articula com agentes que operam internacionalmente em seu favor. Por trás de todas essas guerras está a mão invisível do capital,  da ganância humana, do desejo de dominação e de poder.

Eu quero mesmo é falar de nós; da nossa guerra intestina. Falar do Brasil, que dá sinais de possível guerra civil, caso persista essa desfaçatez. Queiramos ou não, somos afetados por essa guerra de terceiros que querem redividir o mundo. A França faz barricadas desde a Revolução Gloriosa de 1789 por liberdade, igualdade e fraternidade e, assim como os outros países capitalistas, fez reformas, dentre elas, a Reforma Agrária, mas, no Brasil, continuamos dizendo com os latifundiários que reforma agrária é coisa de comunista e armando fazendeiros para “meter chumbo” nos que lutam pela terra, desde a primeira Lei de Terras, em 1850. O Sudão é aqui mesmo, com nossas mais de trinta milhões de pessoas em situação de extrema pobreza e miséria; somos a maior Nação Negra fora da África, mas temos no Racismo Estrutural a forma organizativa para manter o Povo Preto na subalternidade, sob o tacão de sofrimento material e psicológico, que nos impede de crescer como gente. Temos quadrilhas e mais quadrilhas, todas especialíssimas nos diversos ramos do crime organizado: no tráfico de drogas lícitas e ilícitas; na cooptação de correntistas que aplicam nas bolsas de valores e comovem até o Banco Central; em crimes imobiliários; em jogos de diversa natureza; no tráfico de remédios, “repaginação facial”, “estética” e planos de saúde; no tráfico de órgão humanos e de pessoas; de matadores de aluguel; em fraude de documentos públicos, incluindo cartões de vacina; na produção de trabalhos acadêmicos; na fraude eletrônica e cibernética; na captação de almas para cultos à religiões exóticas, fundamentalistas, xenofóbicas, terrivelmente preconceituosas, que exigem dinheiro por terrenos no céu; em extração ilícita de madeira e minérios em terras indígenas; e em encontros amorosos fortuitos. Finalmente, a quadrilha de “colarinho branco”, vistosa nas redes sociais, infiltrada nos aparelhos de estado, que posa como sendo a elite das elites. Cabe perguntar: sobra alguém, depois disso tudo? Sim!

Sobram muitos, sim: os incautos, os chamados injustamente de analfabetos políticos de boa fé; os oprimidos, que têm consciência do modus operandi dos opressores, mas que não dispõem dos meios para libertar-se deles. Todos estes podem somar com os que têm a obrigação moral inarredável de não escorregar para o pântano do crime, da vaidade e da arrogância. Sobram muitos, ainda: os que dignificam o seu trabalho e o trabalho dos outros; os que lutam por políticas públicas que ponham fim à miséria e à ignorância, geradoras da injustiça; os que não fazem aos outros nada do que não permitem que seja feito a si mesmo. Sobram sim, os que recusam a mentira em todas as suas formas. Enfim, sobram todos aqueles que não são indecentes!

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