Comunitários denunciam invasão da Reserva Ducke e dizem que tráfico está no comando

Moradores das proximidades da Reserva Florestal Adolfho Ducke, uma área do Inpa, estão denunciando os crimes ambientais praticados por invasores da “Monte Horebe”, na zona Norte de Manaus, que já tomou boa parte da reserva. Afirmam também que a Família do Norte (FDN) está comandando a região dividindo lotes de terrenos para membros do grupo, falsos indígenas, além de criar no local duas vilas para imigrantes venezuelanos e haitianos.

A invasão que começou em 2015, tem aproximadamente 106 hectares, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) vem destruindo rapidamente a floresta nativa, derrubando árvores centenárias e ameaçando a fauna e a flora.

Estilo Rio de Janeiro

O medo dos moradores é que esteja nascendo em Manaus uma favela no estilo de algumas favelas do Rio de Janeiro, dominada pelo tráfico de drogas, violência e crimes .
Segundo morador que não quis se identificar, temendo represálias, os ocupantes fazem pequenas carvoarias dentro da invasão, gerando um fator que contribui para a degradação ambiental dentro da reserva. “Eles queimam parte da madeira, e outra parte é vendida ou serve para montar barracos”, disse.

Reserva Ducke

A Reserva Adolpho Ducke é considerada o maior espaço de floresta em área urbana do mundo com, aproximadamente, 10 mil hectares do território de Manaus, a reserva sofre com o avanço da urbanização da capital amazonense e aos poucos é invadida pelas residências e poluição. Lar de milhares de espécies da fauna e flora amazônica, incluindo animais selvagens como macacos e até mesmo onças, a reserva, que foi criada em 1963 por Lei estadual, completa mais de meio século em estado de alerta.


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