BNDES, BID e Banco Mundial e outras instituições financeiras compõem o projeto Pró-Amazônia
Regularização fundiária está na dianteira para receber estes investimentos
Brasília (ÚNICO) – Assinado durante a Cúpula da Amazônia, em Belém (PA) neste ano, o Pró-Amazônia, que ganhou a alcunha de “Coalizão Verde”, promete captar cerca de R$ 100 bilhões de crédito para investimentos na região amazônica. O grupo é composto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Banco Mundial e Banco Intramericano de Desenvolvimento (BID). A informação foi dada pelo presidente do BNDES, Aloízio Mercadante em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, ontem (31).
A regularização fundiária dos pequenos e médios produtores é uma das principais ações apontadas pelos senadores-membros da comissão para receber estes investimentos e contribuir para a redução da desigualdade na região.
A carta de intenções do Pró-Amazônia engloba ainda 19 instituições financeiras dos países amazônicos para a criação de linhas de financiamento destinadas ao desenvolvimento sustentável da região. Até agora, segundo Mercadante, foi anunciado o valor de R$ 4,5 bilhões para operações de crédito com microempreendedores individuais e micros, pequenas e médias empresas da região.
“É o momento histórico da Amazônia. É o momento em que a Amazônia tem que se colocar ao mundo, tem que saber que isso é um ativo para o Brasil para atrair investimentos e para cobrar compensações alternativas. E eu concordo que os países ricos não cumpriram o que prometeram. Eles tinham prometido U$$ 100 bilhões e não entregaram. Nunca entregaram”, disse Mercadante.
Investimentos
Aloízio Mercadante apresentou dados em que mostram que a demanda de crédito no BNDES na região da Amazônia Legal aumentou 204%, com o crescimento de 40% na aprovação do crédito. Já em relação à iniciativa privada, somente neste ano, a instituição liberou, até setembro, R$ 10 bilhões, frente aos R$ 8,2 bilhões destinados em 2022.
Outra ação importante citada por Mercadante para impulsionar o desenvolvimento na região foi a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Taxa Referencial de Juros para a inovação em 2% ao ano. Em 2023 o banco está destinando R$ 5 bilhões para essa linha.
*Com informações da Agência Senado