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Clima tenso em Roraima: 13 mortos e 2 feridos em território Yanomami

Um índio e 12 garimpeiros morreram de sábado até hoje

Ministra diz que o garimpo ilegal ainda continua

Brasília (ÚNICO) – Aumentou para 13 o número de mortos na Terra Indígena Yanomami, com a descoberta de oito corpos em decomposição na tarde de ontem, em Roraima, pela Polícia Federal. Com isso, a região registra a morte de um indígena (morto a tiros supostamente por garimpeiros), quatro garimpeiros mortos em confronto com a polícia, oito corpos encontrados em garimpo desativado, mortos a tiros e ainda dois indígenas feridos, internados em hospital de Boa Vista.
As ministras Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, sobrevoraam áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, na segunda-feira feira passada, mas só confirmaram que apesar do desmonte das áreas de mineração ilegal ainda há focos espalhados pelo Estdo. “Nós pudemos observar no sobrevoo que existem vários garimpos que, de fato, foram desativados, estão abandonados, mas alguns, segundo os dados do satélite, e pelo que pudemos observar, continuam ativos. E serão desativados”, disse Marina Silva.

Corpos em cratera

Os corpos dos oito garimpeiros foram encontrados em um sobrevoo da Polícia Federal na região da comunidade Uxiu, dentro do território Yanomami. Os cadáveres estavam dentro de uma cratera com água, tinham marcas de tiros e havia uma flecha no local.

Primeiro caso

A primeira morte foi a do indígena Ilson Xiriana, de 36 anos, que atuava como agente de saúde. Ele sofreu um tiro na cabeça durante um ataque, no último sábado (29). Garimpeiros armados a bordo de um barco abriram fogo contra a comunidade Uxiu, na região do rio Alto Mucajaí, uma das rotas usadas pelos criminosos no território.
No domingo (30), em outra região da Terra Yanomami, em Waikás, garimpeiros atiraram contra agentes da Polícia Rodoviária Federal e fiscais do Ibama que atuam na repressão ao garimpo ilegal. Os agentes revidaram, houve confronto e quatro garimpeiros morreram – um deles, identificado como Sandro Moraes de Carvalho, de 36 anos, comandava uma facção que domina garimpos na região.
E, na segunda-feira (1º), foram encontrados os oito garimpeiros mortos. Investigadores suspeitam que as mortes tenham relação com o ataque aos indígenas da comunidade Uxiu.

Novas tragédias

A Associação Hutukara Yanomami já havia alertado para o risco de um revide na região após o ataque dos garimpeiros aos indígenas. Em um comunicado, assinado com Texoli Associação Ninam, as duas organizações disseram que poderia ocorrer “a qualquer momento mais uma tragédia naquela região”
“As lideranças indígenas da comunidade Uxiu informaram que se organizaram e estão preparados para atacar qualquer barco de garimpeiros que passarem próximos às comunidades às margens do Rio Mucajaí, isso significa que pode ocorrer a qualquer momento mais uma tragédia naquela região”, divulgou a associação.

Com informações do G1 Roraima

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