Calor intenso também afeta varizes, inchaços e dores nas pernas

Cuidados com a saúde vascular devem ser redobrados

Mulheres são as mais afetadas

À medida que os termômetros continuam a registrar recordes de temperatura no Brasil, os médicos destacam que entre os vários efeitos negativos, o calor não apenas traz desconforto, mas também pode ter sérios impactos na circulação sanguínea e na saúde vascular, potencializar e desencadear doenças mais graves.

Mulheres na frente

Em dias quentes, as doenças venosas tendem a se agravar, com destaque para as mulheres, que, devido a fatores hormonais, mostram uma maior suscetibilidade e, normalmente, já enfrentam inchaço e dores nas pernas em proporções superiores às dos homens. Sendo assim, vale adotar medidas preventivas e observar qualquer manifestação do corpo.

As pessoas com doenças vasculares preexistentes, como aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias), doença arterial periférica (estreitamento das artérias que levam sangue aos membros) e varizes, também podem ser mais vulneráveis ao calor, o que faz agravar possíveis complicações.

Trombose

A trombose é uma das condições preocupantes. Temperaturas elevadas podem tornar o sangue mais espesso e propenso à formação de coágulos, aumentando o risco de trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar. Conforme explica o cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fabio Rossi, o calor extremo exige cautela adicional para evitar ocorrências que podem representar sérios riscos à saúde vascular.

Prevenção

O especialista aponta que é essencial adotar medidas de prevenção, como hidratação adequada com água e sucos de frutas, evitar exposição prolongada ao calor, usar vestuário adequado, fazer exercícios moderados, ter uma alimentação leve e balanceada, evitar álcool e tabagismo, elevar as pernas sempre que possível e consultar um médico, principalmente pessoas com histórico de doenças vasculares, para que possam passar por uma avaliação e receber orientações específicas. “O aumento da temperatura não deve ser subestimado em relação à saúde vascular”, diz ele.

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