Braga emplaca relatório da reforma tributária com 53 votos favoráveis

Votação em dois turnos foi concluída na noite de ontem no plenário do Senado

Texto prevê fundo de desenvolvimento para Estados da Amazônia Ocidental

Valéria Costa
Correspondente

Brasília (ÚNICO) – Foi um dia histórico na opinião de grande parte dos senadores e endossado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a votação em dois turnos e aprovação da PEC da reforma tributária com 53 votos favoráveis e 24 contrários no plenário do Senado em sessão que durou mais de 8 horas e terminou por volta das 21h (hora Brasília).

O relatório do senador Eduardo Braga (MDB) recebeu amplo apoio de seus pares, embora tenha recebido observações, críticas e votos contrários da oposição. No total, ele recebeu 830 emendas, inclusive emendas de plenário ontem no dia da votação.

Preocupação com o contribuinte

A maioria das críticas da oposição se deu por conta do prazo de transição para os novos impostos que vão colidir com os que ainda estão vigentes e, o que, na avaliação deste colegiado, vai aumentar a carga tributária e tornar difícil a vida do contribuinte pessoa física e jurídica. Mas Braga disse que colocou em seu texto uma “trava” para a cobrança dos impostos sobre o consumo, que não poderá ser ultrapassado. “O contribuinte não pode continuar a sustentar o peso do Estado. Se o receio é que aprovação da PEC acarrete aumento de carga tributária, temos a convicção de que o modelo garante que isso não ocorrerá”, reforçou.

Simplificação

A essência da PEC está na simplificação de tributos e do modelo em funcionamento no país. O texto prevê a substituição de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) por três: Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto Seletivo (IS). A proposta também prevê isenção de produtos da cesta básica e uma série de outras medidas.


O texto prevê, ainda, a criação de um fundo de desenvolvimento para os Estados da Amazônia Ocidental, entre eles o Amazonas, e também o Amapá. O fundo será criado por lei complementar.
O relatório segue para a Câmara dos Deputados para nova votação.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *