Iniciativa do governo federal também incentiva a criação de cidades-gêmeas
A região fronteiriça brasileira será tratada como prioridade pelo governo Lula
Valéria Costa
Correspondente
Brasília (ÚNICO) – Com uma larga faixa de fronteira que engloba 588 cidades de 11 Estados do país, o governo Lula determinou que esta área seja tratada com prioridade. E uma das primeiras ações aconteceu na última terça-feira (26) com a reunião da Comissão Permanente para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira (CDIF), que integra o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Programa Rotas
Entre as ações e políticas públicas para tornar o Estado presente na região fronteiriça e desenvolver estas regiões, o governo federal aposta no Programa Rotas e na instituição das cidades-gêmeas, uma brasileira e uma de outro país. O Programa Rotas busca estimular o empreendedorismo, o cooperativismo e a inclusão produtiva, fortalecendo sistemas já existentes ou potenciais e possibilitando que os produtores trabalhem em conjunto, ganhem escala e possam comercializar com outras localidades, estados e até países.
Desenvolvimento
Segundo a secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Territorial e Urbano, Adriana Melo, também merecerá destaque o Programa de Bioeconomia para o Desenvolvimento Regional (BioRegio), que busca incentivar a inovação, o investimento e a geração de emprego e renda a partir da bioeconomia, especialmente nos biomas Amazônia, Caatinga e Cerrado.
“A faixa de fronteira vai receber uma atenção especial. Neste novo governo, estamos adotando um paradigma mundial da sustentabilidade, da economia do conhecimento e da inovação. Nosso foco é desenvolver projetos de desenvolvimento em parcerias públicas e privadas, trazendo benefícios diretos para quem vive nessa região”, acrescenta Adriana.
Cidades-gêmeas
Outra prioridade será a instituição de cidades-gêmeas, que engloba municípios divididos pela linha de fronteira, independentemente de ser terrestre ou fluvial, e que possuem grande potencial de integração econômica e cultural. Isso permite que as cidades recebam políticas públicas direcionadas, adaptadas às suas necessidades regionais. Atualmente, o Brasil reconhece 33 cidades-gêmeas em todo o país.