Empresários do setor garantem que a maioria dos flutuantes está regularizada
Justiça deu prazo para a retirada dos estabelecimentos do rio Tarumã-Açu
A Associação dos Flutuantes do Rio Tarumã-Açu (Afluta), grupo que se mobiliza em defesa da organização e ordenamento dos flutuantes que estão sob decisão judicial para que deixem a lâmina d’água do rio Tarumã, está defendendo o potencial de geração de emprego e de turismo do segmento, na área. No entendimento da associação, “é possível conciliar turismo, lazer e respeito ao meio ambiente, preservando a região sem cercear o acesso ao patrimônio coletivo das belezas naturais”.
Requisitos ambientais
A Associação afirma que grande parte dos flutuantes localizados na região cumprem todos os requisitos necessários à operação dos mesmos perante o órgão responsável, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Dizem ainda que a Lei estadual nº 3.785, de 2012, autoriza o licenciamento no Amazonas para construção e funcionamento de atividades que empregam recursos ambientais, entre elas, os estabelecimentos chamados “restaurantes flutuantes”.
Economia
“Nós temos consciência de que o Tarumã é um patrimônio natural que devemos preservar para as futuras gerações. Por isso, trabalhamos para ordenar, conscientizar e adequar aqueles que precisam ser adequados, discutir uma regulamentação responsável ambiental, mas também socialmente. Hoje, os flutuantes são o lazer de muitas famílias e o sustento de muitos trabalhadores”, declarou o presidente da Afluta, Nildo Affonso.
Voadeiras
A Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi, entidade que organiza o transporte de passageiros e turistas na área, se juntou à Afluta.O diretor da cooperativa, Flávio Gonçalves, destaca que a cada final de semana, cerca de duas mil pessoas utilizam o transporte das embarcações. “Os flutuantes movimentam a finança de todos: quem transporta, quem vende gelo, os postos de gasolina, que também geram impostos, até para quem vende roupas de banho aqui na área da marina. É toda uma cadeia econômica que cresce através da atividade dos flutuantes turísticos. Muitos só têm este pão para levar para casa”, argumenta ele.