Amazonas tem duas denúncias de “assédio eleitoral”

Pressão sobre trabalhadores privados e públicos explodiu no segundo turno das eleições

Deputados organizam CPI; Justiça Trabalhista investiga

Alessandra Luppo
Da equipe do ÚNICO

A pressão de patrões sobre empregados para forçar o voto no candidato escolhido por quem manda, tem nome de ‘assédio eleitoral” e virou assunto de destaque nacional com a confirmação, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) que o número de denúncias aumentou mais de 2.000% em todo o país, entre o primeiro e o segundo turno das eleições deste ano.
Até 3 de outubro, o MPT havia recebido apenas 61 denúncias de assédio eleitoral. De lá até o início desta semana, foram mais 1.575 registros, num total de 1.633 denúncias até agora, com crescimento de 2.577%. Esse número é também oito vezes maior do que o registrado nas eleições de 2018, quando foram 212 relatos.

Ranking

O MPT elaborou um ranking sobre os estados que registraram mais casos. O Amazonas tem apenas duas denúncias registradas, segundo a assessoria do órgão. Mas estados do sudeste como Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul encabeçam a lista com centenas de denúncias.
Veja o ranking:

Minas Gerais – 449 casos
Paraná – 184
São Paulo – 148
Santa Catarina – 147
Rio Grande do Sul – 128
Rio de Janeiro – 54
Mato Grosso – 49
Paraíba – 49
Tocantins – 47
Goiás – 44
Alagoas – 43
Rio Grande do Norte – 38
Espírito Santo – 33
Pernambuco – 32
Bahia – 30
Ceará – 29
Distrito Federal – 28
Piauí – 27
Pará – 21
Sergipe -20
Mato Grosso do Sul – 12
Maranhão – 10
Rondônia – 10
Amazonas – 2
Acre – 1
Amapá – 1
Roraima – 1

Comissão Parlamentar de Inquérito

O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) informou ontem à noite que o requerimento que pede a abertura da CPI do Assédio Eleitoral já conseguiu 28 assinaturas, uma a mais que o mínimo exigido para a implantação da comissão. O objetivo da CPI é apurar denúncias de assédio eleitoral por parte de “empresários, gerentes de empresas, agentes públicos e até mesmo governadores que vêm, de forma inadequada, ameaçando e chantageando trabalhadores a votar em determinado candidato à Presidência da República”, argumentou Silveira.


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