Alerta é do Centro Nacional de Desastres Naturais
Déficit de chuva no Estado é o mais severo em 43 anos
Brasília (ÚNICO) – Alerta do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) afirma que a seca na Amazônia e, em especial no Amazonas, deve durar ainda mais dois meses, até dezembro, quando o fenômeno climático El Niño atingirá a sua máxima intensidade.
Chuvas abaixo da média
Órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Cemaden reporta que, desde o mês de maio, parte dos Estados do Amazonas e Pará vem registrando chuvas abaixo da média. O déficit de chuvas registrado entre julho e setembro no interior do Amazonas e no norte do Pará foi o mais severo desde 1980.
“Em grande parte do Amazonas, Acre e Roraima, observa-se uma anomalia de chuvas de -100 a -150 milímetros. Devido ao déficit acumulado de precipitação, a umidade do solo alcançou níveis críticos ao longo do mês de setembro”, informou o Cemaden.
Níveis dos rios
O Cemaden alerta ainda que o início da estação de chuvosa, entre novembro e dezembro, costuma elevar os níveis dos rios. Contudo, com previsões abaixo da média, alguns rios podem não atingir os níveis normais em 2023.
No dia 27 de setembro, a estação de medição do rio Negro em Caricuriari registrou 3,37 metros – bem abaixo da mínima histórica para o mês, que é de 7,11 metros. Já o nível do rio Solimões baixou para 2,9 metros em Coari enquanto a mínima histórica já registrada para o mês de setembro é de 2,44 metros.
“Grande parte dos rios da região Norte, entre os Estados do Amazonas e Acre, encontra-se com níveis muito abaixo da média climatológica”, alertou o Cemaden.