Alimentos ultraprocessados são vilões na nossa rotina

Nesta segunda-feira é comemorado o Dia Mundial da Alimentação

Nutricionista destaca a importância de se comer de forma saudável

Você sabe o que são alimentos ultraprocessados? São aqueles que passam por vários processos industriais e se destacam por apresentarem características que podem ser maléficas ao nosso organismo, tais como poucas fibras e excesso de sódio, gorduras e açúcares.
Se consumidos em grandes quantidades, esses alimentos podem ser responsáveis por favorecer o desenvolvimento de problemas de saúde graves, tais como a obesidade, diabetes, hipertensão, demências e cânceres.

Os mais famosos

Como exemplo de alimentos ultraprocessados podemos citar biscoitos recheados, refrigerantes, pizzas congeladas, molhos prontos e macarrão instantâneo e ainda balinhas; barra de cereal; cereais açucarados; chocolates; energéticos; hambúrgueres congelados; iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados; macarrão instantâneo; mistura para bolo; molhos prontos; pães que possuem em sua composição substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos; peixe e frango empanado tipo nuggets; pizzas congeladas; pós para refrescos; salgadinhos de pacote; salsichas; sopas em pó; sorvetes e temperos prontos.

Nutricionista orienta

O Dia Mundial da Alimentação é celebrado em 16 de outubro e a nutricionista Giovana Tassinari, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta que é preciso ter cuidado com os alimentos ultraprocessados, pois eles geralmente contêm altas quantidades de calorias vazias. “Isso significa que eles podem levar a deficiências nutricionais se forem consumidos em excesso. Além disso, a maioria são ricos em açúcares adicionados, gorduras saturadas e trans, que estão associados a uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e aumento do risco de câncer”.

Comida de verdade

Para evitar essas doenças, a especialista ressalta que deve-se manter um padrão alimentar com alimentos de origem mais natural possível. “Eu costumo dizer que é a ‘comida de verdade’, na sua forma integral, sem nenhum tipo de alteração. Temos os alimentos provenientes da terra (plantações), como hortaliças, frutas, legumes, grãos, tubérculos e aqueles derivados de animais (carnes brancas e vermelhas, leite). E podemos considerar aqui os que sofreram um processamento mínimo como manteiga, creme de leite, polpa de frutas congelada, ou até mesmo o arroz e o feijão”, detalha.

Descasque mais e desembale menos

“Você já deve ter ouvido essa máxima de algum profissional e essa é uma regra muito importante, é a base para pensarmos em uma alimentação saudável, não só em termos de emagrecimento, mas também para quem busca saúde e vitalidade”, ressalta Giovana Tassinari, que cita algumas estratégias para se comer melhor no dia a dia:

  • Cozinhe em casa: preparar refeições em casa permite que você tenha controle sobre os ingredientes e as porções. Cozinhar em família também pode ser uma atividade divertida e educativa;
  • Faça compras conscientes: escolha alimentos frescos e minimamente processados em vez de alimentos ultraprocessados. Leia os rótulos dos produtos e evite aqueles com ingredientes prejudiciais à saúde ou com uma lista muito extensa de itens.
  • Mantenha alimentos saudáveis disponíveis: deixe frutas, vegetais, nozes e outros alimentos saudáveis à vista e facilmente acessíveis em sua casa. Isso torna mais provável que você ou sua família escolha esses alimentos quando estiverem com fome;
  • Evite tentações: reduza a presença de alimentos ultraprocessados (doces, bolachas, sorvetes, embutidos, congelados cheios de aditivos) em sua casa e evite até comprá-los;
  • Planeje refeições: organize suas refeições com antecedência para evitar a tentação de pedir comida rápida ou comer alimentos não
    saudáveis por falta de opção.

No dia a dia

  • Estabeleça metas claras: comece definindo metas realistas para sua alimentação. “Pode ser a redução do consumo de alimentos ultraprocessados, o aumento da ingestão de vegetais ou a limitação de açúcares adicionados. Ter metas claras ajudar á a direcionar seus esforços”;
  • Faça um planejamento semanal: dedique algum tempo a planejar suas refeições e lanches para a semana. “Procure um nutricionista, para te ajudar a montar um cardápio que inclua uma variedade de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais nas quantidades que você precisa”;
  • Coma com regularidade: estabeleça horários regulares para as refeições e os lanches. “Pular refeições pode ajudar a controlar o apetite e evitar comer em excesso mais tarde”;
  • Beba água: mantenha-se bem hidratado bebendo água ao longo do dia. “Às vezes, a sensação de sede é confundida com fome”;
  • Leve lanches saudáveis: tenha sempre à mão frutas, nozes, iogurte ou vegetais cortados para evitar recorrer a opções não saudáveis quando sentir fome entre as refeições;
  • Reduza o consumo de açúcar e sal: leia os rótulos dos alimentos e reduza a ingestão de açúcares adicionados e sódio em sua dieta.

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