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Abril lilás abre espaço para homens falarem sobre o câncer de testículo

A doença é rara e atinge mais homens entre 20 e 40 anos

Urologista diz que se for dectado cedo é fácil de tratar

Responsável por 5% das neoplasias malignas em homens, o câncer de testículo ganha os holofotes, em abril, mês voltado à conscientização sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce. O cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo, explica que a campanha ‘Abril Lilás’ é importante para alertar a população masculina (especialmente a parcela jovem) sobre a existência da alteração, considerada rara.

Figliuolo destaca que a doença é mais comum em homens com idade entre 20 e 40 anos. Os principais fatores de risco são: Criptorquidia (caracterizada pela não descida para a bolsa escrotal de um ou ambos os testículos), história prévia em testículo contralateral, infertilidade, exposição a agrotóxicos e histórico familiar (por conta do fator hereditário).

O cirurgião, que é doutor em saúde coletiva, destaca que, entre os sintomas do câncer de testículo, estão: a presença de nódulo com consistência densa, que não apresenta dor; alteração no tamanho dos testículos (para maior ou menor); dor abdominal; endurecimento dos testículos; sangue na urina e aumento na sensibilidade dos mamilos.

Neste último caso, a sensibilidade ou alteração das mamas ocorre em função do aumento da produção da gonadotrofina coriônica (HCG), hormônio mais comum em mulheres.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do câncer de testículo inclui a avaliação clínica por um urologista, exames de apoio à detecção (como os de imagem e os laboratoriais) e avaliações anuais para pessoas que pertencem ao grupo de risco, tais como as que tiveram criptorquidia quando crianças ou que têm casos desse tipo de neoplasia maligna na família.

“Lembramos que o ideal é que o homem faça o autoexame na hora do banho, apalpando os testículos para a detecção de eventuais alterações, como inchaços, por exemplo. Quando detectado cedo, esse tipo de câncer é facilmente tratado cirurgicamente (orquiectomia parcial ou bilateral para a remoção dos testículos)”, frisou.

“Mas, dependendo do estágio, e do resultado apresentado pelos chamados marcadores tumorais, a terapia pode exigir complementação de quimioterapia. O importante é buscar ajuda médica assim que constatada alguma mudança”, completou Giuseppe Figliuolo.

Por ser um câncer associado à fase jovem do homem, ele aconselha a busca por um médico urologista, ainda na adolescência, para tirar dúvidas e buscar informações sobre essa e outras alterações que possam ocorrer.

“A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) orienta que os pais levem seus filhos ao urologista para tratar de temas relacionados à adolescência, e assim, orientá-los cedo sobre as mudanças hormonais associadas à idade, entre outros assuntos”, destacou.

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