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Longevos & ativos

Por: Luiz Thadeu Nunes de Silva

Engenheiro agrônomo e viajante do mundo

A vida é tão rara….

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A vida é mistério, a morte….um mistério ainda maior. Todos nós que aqui aportamos, chegamos com algumas indagações que ninguém, absolutamente, ninguém sabe responder. De onde viemos? Por que viemos? Para onde vamos, Quando vamos? Tudo isso torna a vida ainda mais bela, surpreendente e fascinante.

Nem o mais sábio, o mais estudado dos homens não sabe as respostas para tais perguntas. Tudo é mistério. Deus, que alguns acreditam que nos criou, -eu, inclusive, não permitiu que desvendássemos as respostas. Acredito que ele se diverte muito com nossa ignorância.

A vida é dádiva, concessão divina, para os que são crédulos, assim como eu.

A vida em sua quase totalidade é democrática, e nivela todos.

Tanto o nascimento quanto a morte é um ato solitário. Viemos só, partiremos só.

Nascemos nus, e ao morremos só não vamos nus, pois alguém nos veste. Ao nascer não trazemos nada; ao morrer não levamos nada. E, no intervalo, brigamos, matamos e morremos pelo que não trouxemos e não levaremos. Quanta idiotice.

Todos, absolutamente todos, têm o mesmo tempo, ou seja um dia de 24 horas, e nem mais um segundo. O que nos diferencia é a maneira que escolhemos para gastar nosso tempo. Se estudarmos ou não, o dia termina. Se trabalharmos ou não o tempo se esvai todos os dias. Se amarmos ou odiarmos o tempo segue seu curso todos os dias. Para isso nos foi dado o livre arbítrio.

Uns são mais inteligentes do que outros; uns mais belos; mais ricos e/ou poderosos. Até mais cheirosos uns mais do que outros. Mas, aí vem a libitina e iguala todos.

Gosto muito de uma frase que leio em muros de cemitérios por onde ando por esse mundão de meu Deus. “Aqui acaba toda a arrogância, a soberba, a empáfia, o dinheiro, o poder”. É nos Campos Santos, -gosto dessa designação para cemitérios, que tudo acaba.

Quando percebemos que absolutamente nada é definitivo, inclusive a vida na terra, compreendemos a inutilidade do orgulho, a tolice das disputas, a estupidez da ganância e a incoerência das vaidades, a idiotice das magoas.

Mesmo sabendo que estamos aqui de passagem e a passeio, não aprendemos nada. Brigamos por poder, por um punhado de terra, por pura vaidade. Adoecemos por inveja, por soberba, por arrogância, por pensarmos que somos melhor do que o outro. O Criador deve gargalhar de nós, a nos observar lá de cima, pensando “não foi pra isso que os criei”.

Em um mundo cada vez mais capitalista, em que a nova religião é o consumismo, estamos nos consumindo por nada e para nada.

Em tempos em que nós, ditos humanos, não aprendemos a amar, muito menos respeitar quem está ao lado, definitivamente não evoluímos.

Em tempos ditos modernos, em que temos todo tipo de tecnologia a nosso dispor, aceleramos o tempo e fritamos os miolos. Vivemos angustiados, ansiosos ou deprimidos. Eu, no alto de minha ignorância, pergunto: Por quê? Para que tudo isso? Respondo, para nada. Passaremos, e tudo vai ficar.

Definitivamente nada levaremos, a não ser boas histórias e boas lembranças nos corações e mentes dos que nos amam.

Ter medo de morrer não nos impede de morrer, nos impede de viver. E, viver de bem com a vida, com alegria e gratidão é construção, aprendizado.

Tudo é temporário. A vida é fugaz, efêmera….Não somos, apenas estamos…..de passagem.

Viva como se tudo fosse uma despedida, porque é…….

A vida é tão rara…..

A grande maioria não vive, apenas existe. O tempo segue seu curso.

A vida é mistério, a vida é bela, a vida é mágica.


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