A arte doentia do designer indonésio que comprou órgãos humanos em Manaus

Bolsa de língua de jacaré com ossada humana

Arnold Putra gosta de chocar e diz que compra órgãos “com ética”

Solange Elias
Para o Portal ÚNICO
Com informações da Internet

Na manhã desta terça-feira (22) a Polícia Federal do Amazonas revelou uma história doentia sobre a compra de tecidos humanos para confecção de itens de moda por um designer indonésio chamado Arnoldo Putra. Seria Putra o comprador de uma mão e três placentas vendidas, supostamente, pelo professor de anatomia da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Helder Bindá, numa transação que a Polícia Federal chamou de tráfico internacional de órgãos.
Mas quem é esse estilista e o que ele fabrica afinal? Arnold Putra é um homem polêmico, cujo trabalho é usado mais para chocar do que para vender alguma coisa. Ele já se vestiu com o uniforme de um exército de sua terra natal, que nos anos 1966 promoveu um massacre entre a população, por exemplo, durante uma fashion week na França.

Arnold visita tribos indígenas em seu pais de origem, mas diz que compra ossos e tecidos no Canadá

Língua de jacaré

Sua marca de roupas masculinas começou a ficar conhecida quando ele começou a fabricar bolsas feitas de línguas de jacarés; A essa bolsa, Putra acrescentou uma coluna humana, de uma criança, ganhando o repúdio do mundo inteiro.
O valor da bolsa? Na época, 2020, foi divulgado que custava 4.050 libras (uns 30 mil reais) . A bolsa é descrita pela mídia como um item elegante da lombada com um forro exclusivo enfatizando o design técnico e a construção. A descrição macabra no site do estilista diz que sua “grande invenção” bolsa de língua de jacaré com coluna humana demora 14 dias para ficar pronta e cada peça é única.
Quando a polemica tomou conta de sua vida, Arnold Putra simplesmente disse que seu material era conseguido “de forma ética”, como se fosse possível exibir sinistramente uma coluna humana na alça de uma bolsa de mau gosto de forma ética. PIorou mais ainda,quando foi divulgado que Putra continua visitando tribos indígenas em seu país, buscando as “ossadas éticas”.

Produtos do Canadá

Em entrevista a uma publicação internacional, Arnold Putra mudou sua versão e disse que havia adquirido ossos humanos no Canadá. Lá eles são vendidos como restos médicos. Os jornalistas conseguiram descobrir que o procedimento é legal e não requer permissões especiais. Algumas empresas vendem os restos dos esqueletos humanos que foram doados para a ciência.
Mas no Brasil não funciona assim e a investigação já chegou ao estilista. Segundo o portal Radar Amazonico, depois que a Polícia Federal divulgou a Operação Plastinação, em que o professor Bindá foi identificado como fornecedor de tecidos humanos, o artista macabro fechou sua conta no Instagram.

Apenas excêntrico

O pai de Arnold Putra é um rico empresário da Indonésia. O jovem designer começou sua carreira criando coisas fora do padrão e até excêntricas. Logo ele se interessou por imagens ainda mais exclusivas. Então, ele decidiu vender produtos ósseos. Eles começaram a ser fabricados em Los Angeles em 2016, mas quase ninguém se interessou por isso. O custo destes produtos rondava os 5 mil dólares!
Em 2020, a mídia explodiu por causa de fotografias de sua bolsa depois que um dos usuários postou a composição em sua página, acrescentando que os ossos pertenceriam a uma criança que teve osteoporose.


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